Lápis de cera
Os lápis de cera são uma mistura de pigmentos com cera de abelha.
Apresentam-se em forma de barras cilíndricas com alguma espessura, pelo que não permitem trabalhos com grande pormenor.
Dependendo da quantidade e qualidade da cera e do pigmento, os lápis de cera podem ser duros ou macios e de cores mais ou menos intensas, e permitem a aplicação de cores claras sobre cores escuras, pelo que poderás criar efeitos de transparência ou de opacidade.
Segundo a pressão que exerces, obténs resultados distintos: zonas que deixam ver o traço e o suporte ou então superfícies totalmente preenchidas.
Sobre o papel branco a luminosidade da cor é maior.
Os lápis de cera são resistentes à agua, macios, fáceis de usar e muito económicos. São soluvéis em terebentina.
Os lápis de cera pintam por fricção, esfumam-se com os dedos ou diluem-se com o pincel molhado em essência de terebentina, originando manchas e degradés, semelhantes a aguadas.
São dificéis de apagar, tendo de, primeiro, ser raspados com lâmina. Raspando a cor escura sobreposta à mais clara, faz afluir a primeira cor, obtendo-se efeitos interessantes.



A pintura a cera é uma das técnicas mais antigas, praticada já nas Civilizações Antigas e Clássicas.
A cera é um instrumento de desenho e pintura gordo, que pode ser diluído ou levemente aquecido, para fluir melhor.
A expressão desta técnica é obtida pela repetição sucessiva de traços e linhas.
Deves limpar frequentemente as pontas dos lápis com papel absorvente, para não sujares com cores indesejadas o próprio desenho.
Suportes
Os lápis de cera podem ser aplicados sobre papel, cartão, vidro, madeira, couro, tecido, pedra, etc.
No que diz respeito aos papéis, deves recorrer a papéis de gramagem elevada ou então a cartolinas ou cartões. Os cartões reciclados, para além de baratos e resistentes, apresentam superficíes rugosas ideias para fixar a cera.
Em superfícies muito lisas, a cera não adere facilmente nem permite sobreposição de cores.
Os papéis coloridos, do tipo Canson ou Ingres são uma boa alternativa aos suportes brancos.




Joan Miró, Mulher, 1975
Lorenzo Mattotti, Away-Far-Away, 1994
